Programa de pagamento do trabalhador preso recebe prêmios do Inoves.

02/06/2008 21h00 - Atualizado em 05/11/2018 17h16
O Programa de Pagamento do Trabalhador Preso, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), recebeu na tarde desta segunda-feira (02) os produtos e materiais adquiridos com a quantia de R$ 7 mil, recebida pela conquista do Prêmio Inoves Ciclo 2007, na categoria “Inclusão Social”. “Nosso objetivo, ao fazer a entrega desse prêmio, é mostrar a importância do reconhecimento e incentivar a criatividade, transformando a equipe como referência de boas práticas de inovação na gestão”, disse o secretário de Estado de Gestão e Recursos Humanos, Ricardo de Oliveira, que realizou a entrega dos equipamentos, acompanhado do coordenador do Prêmio Inoves, Manoel Carlos Rocha Lima. A entrega aconteceu no gabinete do secretário de Estado da Justiça, Ângelo Roncalli e reuniu a diretora de Ressocialização e coordenadora do programa, Quésia da Cunha Oliveira; Márcio Guedes, um dos idealizadores do projeto, na Secretaria da Fazenda, (Sefaz); o subsecretario para Assuntos Penais da Sejus, Anderson Perciano Fanelli; a coordenadora do Programa Educacional, Thelma Regina e demais integrantes da equipe do projeto. A equipe que desenvolve o programa investiu o prêmio em equipamentos de informática, como notebook, impressora multifuncional, projetor multimídia, tela de projeção com tripé e pen drive, que serão utilizados para dinamizar e facilitar o trabalho da equipe. O projeto foi o primeiro a vencer na nova categoria “Inclusão Social”, do Prêmio Inoves. “Nós temos orgulho por trabalhar em equipe e muito prazer no que fazemos, pois trabalhamos acreditando que podemos mudar a realidade encarando novas possibilidades”, disse a coordenadora Quésia da Cunha Oliveira. O Programa O Programa de Pagamento do Trabalhador Preso foi implantado no Espírito Santo para auxiliar e dar mais rapidez aos processos de pagamentos dos internos do Sistema Prisional Capixaba. Os pagamentos são decorrentes de serviços prestados pelos detentos às Unidades Prisionais, por meio de convênios que são firmados com empresas e por meio do desenvolvimento de projetos com outros órgãos da esfera estadual e federal. Anteriormente à implantação do projeto, o pagamento era realizado diretamente aos presos, em dinheiro, facilitando a circulação da moeda dentro das unidades prisionais, contribuindo para o desvio de conduta e dando pouca transparência no processo de pagamento. Além disso, não existia cultura de reserva financeira. Muitas vezes os presos não tinham dinheiro ao sair da cadeia. Hoje, com a utilização do cartão, uma parte do dinheiro vai diretamente para uma poupança, em nome do interno, outra parte vai para família e a terceira, para o preso. O cartão e a senha são passados para uma pessoa de confiança do preso, para movimentação do dinheiro. As vantagens da implantação do sistema são: valorização e maior dignidade ao trabalhador preso; empresas passaram a buscar mais o Estado para dar emprego aos internos - em 2006 eram 21 empresas, hoje são mais de 46 cadastradas -; auxilio no sustento do familiar do trabalhador preso e com a poupança e as habilidades profissionais adquiridas, diminui a vulnerabilidade criminal. Gestão Além de reconhecido e premiado pelo Inoves, o Programa de Pagamento do Trabalhador Preso foi um dos três projetos da Secretaria da Justiça selecionado e apresentado no I Congresso Consad de Gestão Pública, realizado em Brasília no mês de maio. A Sejus ganhou um painel exclusivo para apresentação dos projetos, com o nome “Inovações em gestão penitenciária”.